Titulo: A MáquinaTrilogia: livro avulsoAutor(a): Adriana FalcãoISBN: 8501092681Editora: SalamandraAno de Lançamento: 2013Nº de Páginas: 392
 
A estreia de Adriana Falcão publicado originalmente em 1999, chega agora às telas de cinema pelas mãos do diretor João Falcão, com Mariana Ximenes, Paulo Autran e Gustavo Falcão nos papéis principais. Esta nova edição traz como novidade o cartaz do filme na capa, ilustrações e fotos do longa-metragem. "A Máquina" é uma fábula sobre o amor e o tempo. Um jogo de aposta: você quer que eu traga o mundo pra você?


Há algum tempo havia decido ler um pouco mais da literatura nacional e nada melhor do que começar com este livro perfeito da  Adriana Falcão pra te dar mais gás.

Com doçura, simplicidade e uma linguagem despretensiosa e poética, A Máquina me conquistou rapidamente, de uma hora pra outra sem nem dá tempo pro tempo passar ou eu ir de encontro ao tempo como um ônibus em alta velocidade numa estrada.

A Máquina conta a história de Antônio, no tempo de Antônio, na cidade de Antônio que "é longe que só a gota", e do amor que ele nutria pro Karina e que Karina nutria por ele. Mas não vá pensando que era aquele amor sem pé nem cabeça, aquele amor que acaba de uma hora pra outra, não. O amor de Antônio por Karina era amor de verdade, aquele amor que não tem medo do tempo, aquele tipo de amor que muda o mundo, aquele tipo de amor que te faz querer viver.
Antônio era um homem comum, tinha um emprego comum e como todo ser humano apaixonado ia todas as noites visitar sua amada e fazia de tudo para cumprir todos os gostos de Karina.
Pois no que viu Karina, seu coração disse pra sua cabeça, vá, e sua cabeça disse pra sua coragem, vou, e sua coragem respondeu, vou nada, mas sua boca não ouviu e beijou Karina bem ali, no meio da praça.
Mas como conseguir o mundo para Karina? A história, então, se passa na busca de Antônio em conseguir tal fato, e então tudo fica meio futurístico, mas mesmo assim sem perder o toque da simplicidade e da leveza, passa a ser incrível de se imaginar, passa a ser perfeito.

Fiquei com pena de termina-lo apenas em uma tarde, fiquei querendo mais, mas valeu a pena.
Enfim, não tenho mais nada a dizer desse livro, apenas mais esse trecho:
Eu vou morrer de amor, no meio do sertão, nos braços da seca, com a quentura fervilhando as ideias, enquanto tiver ideia, a vida desistindo de viver, indo embora, a vista turvando, o juízo evaporando, até o finalzinho, aquela hora, em que a pessoa pensa com ela mesma, e agora, hein? Então não pensa mais nada e acabou-se.
E acabou-se.

Ps.: Está no meu top3